terça-feira, 1 de março de 2022

o Gohonzon transcrito por Nichikan Shonin

 

daisaku ikeda

No ano de 1992, muitos reverendos deixaram o clero da Nichiren Shoshu. Alguns chegaram a enviar uma “Carta de Admoestação” a Nik­ken e ao clero advertindo-os que suas atitudes eram totalmente contrárias ao Budismo de Nichiren Daishonin.

Em agosto daquele ano, o clero aplicou uma punição específica a Sensei, expulsando-o do quadro de adeptos. Os sacerdotes estavam determinados a criar, de alguma forma, uma fenda na relação de mestre e discípulo Soka. Porém, os associados da Soka Gakkai já não davam a menor atenção a essas ações.

Separado da Soka Gakkai, o número de adeptos da Nichiren Shoshu diminuía vertiginosamente e sua decadência só aumentava.

Depois de excomungar a organização, o clero interrompeu a concessão de Gohonzon para os membros. Em meio a essa circunstância, o sacerdote Sendo Narita, prior do templo Joen-ji, da província de Tochigi, que com seu templo havia deixado a Nichiren Shoshu, propôs à Soka Gakkai que utilizasse o Gohonzon transcrito por Nichikan Shonin [(1665—1726), o 26º sumo prelado, restaurador do Budismo de Daishonin], em poder desse templo, como base para a produção de Gohonzon a ser concedido aos membros.

Em setembro de 1993, o conselho de diretores, o conselho consultivo, o conselho superior do Departamento de Estudo do Budismo, o conselho de coordenadores de províncias e o conselho de diretores executivos da Soka Gakkai deliberaram sobre essa proposta de concessão de Gohonzon. Na qualidade de única organização da ordem e do desejo do Buda a promover o kosen-rufu, em exato acordo com o testamento de Nichiren Daishonin, e como Ordem budista harmoniosa qualificada a receber e a suceder a herança da fé, a Soka Gakkai decidiu assumir a concessão do Gohonzon de Nichikan para os praticantes do mundo inteiro.

Em 1995, sob o pretexto de que a estrutura do edifício não era à prova de terremotos, a Nichiren Shoshu anunciou e colocou em execução a demolição do Grande Salão de Recepção (Daikyakuden). E ainda, em junho de 1998, forçou a destruição do Grande Templo Principal (Shohondo) — a cristalização das sinceras doações de 8 milhões de adeptos. Nikken destruiu, uma após outra, as edificações conquistadas por seu antecessor, o sumo prelado Nittatsu, e construídas com doações de Sensei.

No final de janeiro de 1992, “Ano da Renascença Soka”, Sensei partiu do Japão para visitar países da Ásia. Ao pensar que no momento atual do término da Guerra Fria deveria construir pontes da paz no mundo, não desperdiçava um instante sequer.


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