Em uma carta de Daishonin enviada a Toki Jonin durante o inverno, no frio implacável do Monte Minobu, ele declara:
Estou tão preocupado com a doença de sua esposa, a monja leiga Toki, como se quem estivesse enfermo fosse eu mesmo, e oro dia e noite aos deuses celestiais para que ela se recupere. Ela apoiou o devoto do Sutra do Lótus como se tivesse suprido óleo para as lamparinas, ou amontoado terra em volta das raízes das árvores. Estou rogando aos deuses do Sol e da Lua para que protejam a vida dela mesmo à custa da vida deles! Se houver outras questões que eu tenha me esquecido de mencionar aqui, enviarei uma mensagem tratando do assunto por intermédio de [seu filho] Iyo-bo.7 Esteja certo de que farei tudo o que puder. (WND, v. II, p. 666)
Nichiren Daishonin sempre demonstrava grande interesse e preocupação por aqueles que se empenhavam longe dos holofotes. Ao saber da doença da monja Toki, ele diz que se sente como se o sofrimento fosse dele, e que está orando pelo seu rápido restabelecimento. Esse fato exemplifica perfeitamente a compaixão ilimitada de Daishonin, o Buda dos Últimos Dias da Lei.
Acredito profundamente que esse espírito de Daishonin nos ofereça um exemplo de como devemos viver como praticantes de seus ensinamentos. Em última análise, o que importa não é o poder mundano ou as aparências externas, mas os esforços para prezar — como se a situação dissesse respeito a nós próprios — aqueles que estão sofrendo e os que estão realizando esforços sinceros em prol do kosen-rufu. Nunca devemos nos esquecer de que encorajar e cuidar dos outros dessa maneira compõem a essência da autêntica humanidade.
A Soka Gakkai obteve um notável desenvolvimento e crescimento porque seus membros jamais perderam esse espírito e continuaram se empenhando de corpo e alma pela felicidade das pessoas. Esse fato é tanto um motivo de orgulho como também a força da Soka Gakkai.
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