sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O tempero da vida

 

soka gakkai

Uma das contribuições mais importantes do Dr. Selye1 foi lançar luz sobre os aspectos positivos do estresse. Ele argumentava que o estresse em si não é uma doença nem necessariamente conduz à doença. O estresse pode nos impulsionar a exercitarmos a criatividade e extrair a vitalidade ou a energia que precisamos para nos defender das ameaças externas.

Certa vez, o Dr. Selye descreveu o estresse como “o tempero da vida”. É preciso realmente estar livre das preocupações seculares para poder considerar o estresse sob esse ângulo. É saudável, e até mesmo necessário, esquecer as pressões do trabalho e sair para um drinque com amigos, cantar em um karaokê ou relaxar com outras formas de lazer. No entanto, o fundamental é reunirmos nossas forças internas o suficiente para transformar o estresse num “tempero” e aprender a desfrutá-lo de maneira criativa.

O mundo dos seres humanos certamente não é uma utopia de paz e justiça universais. Pelo contrário, o que impera são injustiças, discórdias e conflitos. Precisamos aprender a conviver com essa dolorosa realidade.

 Tive vários diálogos com o renomado biólogo francês René Dubos e ele me disse que, embora seja prazeroso imaginar um mundo livre de preocupações, estresse e tensão, tal mundo não é nada mais do que o sonho impossível de um indolente. Acrescentou que os seres humanos crescem quando enfrentam adversidades. É assim que o nosso espírito age — este é o destino da humanidade. O que o senhor acabou de dizer me fez lembrar das palavras do Dr. Dubos.

A maneira mais eficaz para lidarmos com o estresse é empreender constantes esforços no sentido de cultivar nossa mente e forjar nossa personalidade mesmo diante do perig


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