Na época de Sakyamuni, havia uma mulher que tinha acabado de perder sua amada criança em consequência de uma doença. Alucinada com essa perda, ela vagou pelo vilarejo carregando-a no colo e implorou por ajuda a todos que encontrava: “Por favor, dê-me um remédio para curar meu bebê!”.
Sentindo pena dela, uma dessas pessoas a levou ao encontro de Sakyamun. Ao ouvir sua história, ele disse: “Não se atormente. Eu lhe darei um bom remédio. Vá até o vilarejo e me traga sementes de mostarda. Porém, as sementes devem ser de uma família que não tenha perdido nenhum ente querido”.
Nessa busca, a mulher percorreu todo o vilarejo, batendo de porta em porta, mas não havia uma família sequer que não tivesse perdido um ente querido. Ela finalmente compreendeu que todos os seres humanos morrem e que ela não era a única a sofrer com isso. Assim, entendeu a eternidade da vida, tornou-se uma seguidora de Sakyamun e, tempos depois, passou a ser uma pessoa respeitada como uma grande sábia.
Ao usar os meios apropriados e direcioná-la a buscar por sementes de mostarda, Sakyamun a libertou e restaurou a paz no coração dessa mulher que estava mergulhada em profunda dor. Ele a conduziu para o despertar de profunda sabedoria embasada na eternidade da vida.
O mais importante é expandir nosso estado de vida. Quando pensamos somente em nós, ficamos aprisionados num nível inferior. Em contrapartida, quando nos dedicamos a um objetivo maior e abrangente — pela Lei, pela felicidade das pessoas e pelo bem-estar da sociedade —, nosso coração se expande e nos tornamos grandiosos por meio das “maravilhosas funções da mente”.
Quando mantemos um coração sincero, usufruímos da imensa e verdadeira felicidade. Sofrimentos que, no primeiro instante, eram um fardo numa condição de vida inferior serão insignificantes e nos tornaremos capazes de nos elevar calmamente acima deles.
E quanto maiores forem as nossas preocupações e os nossos sofrimentos, maior será a felicidade que alcançaremos ao transformá-los por meio do poder do Daimoku.
Espero que todos vocês vivam existências em que demonstrem tal brilho e a prova real das “maravilhosas funções da mente”.
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