Acredito que possam ser levantados vários questionamentos, mas, se destacarmos apenas um, diria que é sua filosofia realista [do budismo] que jamais se distancia da realidade das pessoas.
Isso está relacionado também com a sabedoria dos “caminhos médios”. Muitas pessoas devem ter se simpatizado com sua postura contrária às práticas de austeridades extremadas ou a vida de prazeres sem nenhum rumo.
Parece um pouco óbvio, porém, diversas religiões ou mesmo destinos da própria vida têm tendência ao extremismo.
O budismo deu prioridade às questões de “Como salvar as pessoas dos sofrimentos que elas estão passando no momento” e “Como fazer com que as pessoas possam ser verdadeiramente felizes”.
Dessa forma, este ensinamento jamais fora influenciado erroneamente por argumentos metafísicos ou por lógicas abstratas. Esse ponto deve ter conquistado a simpatia de muitos indivíduos.
É a sabedoria da flexibilidade e, ao mesmo tempo, a profunda benevolência que consideram ilimitadamente as outras pessoas.
Foi esse sentimento que tocou o coração de todas. Só um sentimento pode mover outro sentimento. Somente a natureza humana pode mover o ser humano.
Pode-se dizer que, por serem o buda Sakyamuni e seus discípulos pessoas autênticas, o budismo pôde ser propagado tão amplamente.
Apesar de se falar em religião aberta, no final, tudo retorna ao ponto da personalidade aberta, ao sentimento aberto, que possui uma sincera e calorosa consideração pela vida humana.
Em suma, tudo está relacionado com a própria pessoa.
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