Anualmente, desde 1983, o presidente Ikeda envia sua proposta de paz à Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2012, ele discute as tragédias que assolam a humanidade e como agir diante delas.
Referindo-se ao papel do cidadão para transformação de sua realidade, relatório da Comissão de Segurança Humana da ONU, o presidente Ikeda diz: “O Estado permanece o provedor fundamental da segurança. Contudo, frequentemente não cumpre o seu dever — e, às vezes, até se torna ameaçador para seus cidadãos. A atenção com a segurança deve ser direcionada ao povo e não ao Estado” (Terceira Civilização, ed. 524, abr. 2012). Aí se encontra o ponto fundamental do Budismo Nichiren — o desenvolvimento de cada ser humano e sua contribuição para o mundo que deseja.
O presidente Ikeda enfatiza que é impossível sermos felizes e nos sentirmos seguros individualmente se ignoramos as ameaças que afligem os outros. “Como o problema das mudanças climáticas demonstra, neste mundo cada vez mais interdependente, uma catástrofe em determinado lugar pode parecer um fato isolado, mas na verdade contém o potencial de maiores danos em escala global” (Ibidem). Assim, ele afirma que na visão budista, a menos que haja paz e segurança na sociedade como um todo, nossa segurança individual será ilusão.
É importante que, como cidadãos, não ignoremos as tragédias onde quer que estejam acontecendo e devemos impedir que elas sejam passadas para as próximas gerações. “O conceito de espaço implica a consciência de nossas responsabilidades como cidadãos; e o de tempo, um compromisso com a sustentabilidade. (...) A clara consciência das dimensões de interconexão da vida deve guiar todas as nossas ações” (Ibidem), ressalta.
O presidente Ikeda dialogou com a Dra. Elise Boulding (1920–2010), pioneira da cultura de paz, e relata a experiência dela ocorrida em 1960 ao participar de uma reunião com estudiosos dos aspectos econômicos do desarmamento em que perguntara como seria um mundo totalmente desarmado. Para a surpresa dela, eles não tinham ideia, pois o trabalho deles era apenas o de convencer os outros que o desarmamento era possível.
Sobre isso, o presidente Ikeda diz: “‘Como poderiam trabalhar de coração num movimento cujo resultado nem sequer imaginavam?’ Esta questão é essencial. Não importa quão relevantes sejam a paz e o desarmamento, se o movimento para alcançá-los não tiver uma visão claramente definida, não gerará a energia necessária para superar os obstáculos em meio à realidade. A Dra. Boulding entendia que uma visão comum une as pessoas e lhes permite ‘se dedicar incondicionalmente’” (Ibidem).
Um objetivo pode parecer impossível até ser concretizado — essa é a convicção da SGI. A consciência dos membros da SGI como bodhisattvas da terra sobre a necessidade real da transformação da humanidade os motiva a avançar com alegria e convicção na propagação do Budismo de Nichiren Daishonin.
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