segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Em termos individuais, o objetivo [da prática] é alcançar a iluminação

 



“Em termos individuais, o objetivo [da prática] é alcançar a iluminação, o que significa construir uma felicidade absoluta, inabalável e indestrutível. Em outras palavras, significa fortalecer a si mesmo de tal forma que não seja derrotado por nenhuma circunstância de vida. Nós chamamos isso de revolução humana. Porém, em termos da missão como budista, outro objetivo é a realização do kosen-rufu, que indica o ato de ensinar o correto budismo para conduzir todas as pessoas para a paz e felicidade” (Nova Revolução Humana, v. 9, p. 165).
Esse trecho do romance Nova Revolução Humana demonstra que cada membro da SGI é o protagonista do kosen-rufu mundial. Como praticantes do Budismo Nichiren, nosso juramento seigan é o de nos esforçar cada vez mais para iluminar a sociedade, o mundo e o futuro com a luz da nossa revolução humana e da unicidade de mestre e discípulo.
Além de promover o kosen-rufu por meio de diálogos sobre o Budismo de Nichiren Daishonin aos que estão à sua volta, os membros da SGI também se empenham em propagar os valores da Soka Gakkai com seu comportamento onde quer que se encontrem. A partir do momento em que assumimos a missão como bodisatva da terra, tudo o que realizamos será manifestação dessa condição de vida e um meio para a concretização do juramento seigan.




Anualmente, desde 1983, o presidente Ikeda envia sua proposta de paz à Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2012, ele discute as tragédias que assolam a humanidade e como agir diante delas.


Referindo-se ao papel do cidadão para transformação de sua realidade, relatório da Comissão de Segurança Humana da ONU, o presidente Ikeda diz: “O Estado permanece o provedor fundamental da segurança. Contudo, frequentemente não cumpre o seu dever — e, às vezes, até se torna ameaçador para seus cidadãos. A atenção com a segurança deve ser direcionada ao povo e não ao Estado” (Terceira Civilização, ed. 524, abr. 2012). Aí se encontra o ponto fundamental do Budismo Nichiren — o desenvolvimento de cada ser humano e sua contribuição para o mundo que deseja.


O presidente Ikeda enfatiza que é impossível sermos felizes e nos sentirmos seguros individualmente se ignoramos as ameaças que afligem os outros. “Como o problema das mudanças climáticas demonstra, neste mundo cada vez mais interdependente, uma catástrofe em determinado lugar pode parecer um fato isolado, mas na verdade contém o potencial de maiores danos em escala global” (Ibidem). Assim, ele afirma que na visão budista, a menos que haja paz e segurança na sociedade como um todo, nossa segurança individual será ilusão.


É importante que, como cidadãos, não ignoremos as tragédias onde quer que estejam acontecendo e devemos impedir que elas sejam passadas para as próximas gerações. “O conceito de espaço implica a consciência de nossas responsabilidades como cidadãos; e o de tempo, um compromisso com a sustentabilidade. (...) A clara consciência das dimensões de interconexão da vida deve guiar todas as nossas ações” (Ibidem), ressalta.


O presidente Ikeda dialogou com a Dra. Elise Boulding (1920–2010), pioneira da cultura de paz, e relata a experiência dela ocorrida em 1960 ao participar de uma reunião com estudiosos dos aspectos econômicos do desarmamento em que perguntara como seria um mundo totalmente desarmado. Para a surpresa dela, eles não tinham ideia, pois o trabalho deles era apenas o de convencer os outros que o desarmamento era possível.


Sobre isso, o presidente Ikeda diz: “‘Como poderiam trabalhar de coração num movimento cujo resultado nem sequer imaginavam?’ Esta questão é essencial. Não importa quão relevantes sejam a paz e o desarmamento, se o movimento para alcançá-los não tiver uma visão claramente definida, não gerará a energia necessária para superar os obstáculos em meio à realidade. A Dra. Boulding entendia que uma visão comum une as pessoas e lhes permite ‘se dedicar incondicionalmente’” (Ibidem).


Um objetivo pode parecer impossível até ser concretizado — essa é a convicção da SGI. A consciência dos membros da SGI como bodhisattvas da terra sobre a necessidade real da transformação da humanidade os motiva a avançar com alegria e convicção na propagação do Budismo de Nichiren Daishonin.


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