segunda-feira, 30 de agosto de 2021

a diferença entre felicidade relativa e felicidade absoluta

 

soka gakkai

Nascemos neste mundo para sermos felizes. Certamente ninguém deseja ser infeliz. Por isso, desde a antiguidade a felicidade representa uma das questões centrais da filosofia. 

Felicidade não é alguma coisa que os outros nos dão nem algo que ficamos aguardando e que, de repente, surge em nossa vida, independentemente de nossa vontade e esforço.

Edificar um estado de felicidade absoluta

Qual o tipo de felicidade que buscamos por meio da fé? O presidente Josei Toda resumiu a visão budista de felicidade em dois pontos básicos.

Em primeiro lugar, existe diferença entre felicidade relativa e felicidade absoluta. O Budismo de Nichiren Daishonin não rejeita a felicidade relativa de uma vida confortável ou de possuir boa saúde. Ter bom emprego e melhorar o padrão de vida são fatores importantes. Ao mesmo tempo em que empreendemos esforços positivos para alcançá-los, salientou Toda sensei, também devemos nos desafiar, por meio da prática budista, para atingirmos um estado de felicidade absoluta que nada é capaz de destruir — um estado em que viver seja em si uma alegria.

O segundo aspecto da visão budista de felicidade destacado pelo presidente Josei Toda é que todos nós nascemos neste mundo para desfrutar a vida. O Sutra do Lótus ensina que este mundo é um lugar “onde os seres vivos vivem felizes e tranquilos” (LSOC, cap. 16, p. 272). Porém, não conseguiremos apreciar a vida neste mundo, repleto de sofrimento, se nossa energia vital for fraca. Por isso, precisamos nos empenhar na prática budista para evidenciar nosso estado de buda interior e fortalecer nossa energia vital. Assim, podemos subir a íngreme estrada da vida com agradável tranquilidade e satisfação. As dificuldades e os desafios incalculáveis que enfrentamos se transformarão em algo que agregue alegria à nossa existência, como uma pitada de sal enriquece o sabor do doce. O desejo mais acalentado pelo presidente Josei Toda era que todos descobrissem o supremo prazer de viver.

Certamente, o mundo é um caos sem fim. Mesmo aqueles que mantêm uma vida admirável não conseguem escapar de ataques e críticas. Entretanto, sobre tais problemas, Daishonin diz: “Nunca permita que estes os perturbem” (CEND, v. I, p. 713).

Nós, além da família, também temos nossos amigos da Soka Gakkai, companheiros de fé, para compartilharmos nossos problemas. Não há necessidade de tentar suportá-los sozinhos e em silêncio. Além do mais, o Gohonzon está ciente de tudo. Não importando o que o outro possa dizer, devemos simplesmente viver com firmeza, da maneira que escolhemos. É importante recitarmos Nam-myoho-renge-kyo e nos empenharmos juntos, com bons amigos ao nosso lado nos apoiando e nos encorajando.

“Considere tanto o sofrimento quanto as alegrias como fatos da vida”

“Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento quanto as alegrias como fatos da vida e continue recitando Nam-myoho-renge-kyo, independentemente do que aconteça” (CEND, v. I, p. 713), escreve Daishonin. Incontáveis membros da SGI gravaram esta passagem no coração e recitaram Nam-myoho-re­nge-kyo para ultrapassar seus problemas. Por mais dolorosa ou árdua que seja nossa situação, se continuarmos recitando daimoku ao Gohonzon com uma oração concentrada, nós infalivelmente a superaremos.

Uma oração assim lapida um caráter indômito, acende a chama da esperança infinita, traz a paz espiritual absoluta e aciona o progresso resoluto. É uma fonte de felicidade inigualável e um dos atos mais nobres que podemos realizar como seres humanos.

Felicidade é algo que cada um de nós deve alcançar por si e experimentar na própria vida. Porém, sua felicidade individual em detrimento da felicidade das demais pessoas não consiste em felicidade genuína. Simplesmente se satisfazer com o próprio bem-estar, sem a mínima preocupação com o próximo, é egoísmo. Pela mesma razão, deixar de lado a própria felicidade e se importar somente com a de outras pessoas também não basta. A verdadeira felicidade é uma condição em que tanto nós como os outros somos felizes.

Quando algo bom acontece, queremos compartilhar o fato com os outros — com a família, os amigos, os membros, com nosso mestre. A felicidade se expande e amplia dentro dessa rede de relacionamentos na qual dividimos nossas alegrias e tristezas.

Compreender que sua mente, sua vida, desde sempre é a de um buda acarreta o reconhecimento de que isso não vale só para si, mas também para os outros igualmente. Nós e os demais somos budas — uma percepção que faz nascer em nós uma sensação de absoluta alegria. Quando alcançamos a condição de vida de nos alegrar com o nosso bem-estar e o das outras pessoas, uma felicidade incomparável que perdurará por toda a eternidade começa a brilhar intensamente em nosso coração.

Estamos agora na nova era do kosen-rufu mundial, na qual ondas de alegria emanadas da “prática da fé para conquistar a felicidade” estão transcendendo fronteiras étnicas e barreiras de idiomas e se propagam por todo o planeta. Estamos nos empenhando para começar a era da vitória do povo na qual a humanidade como um todo possa conquistar a felicidade.

Constrói-se a felicidade por meio de esforços firmes e constantes a cada dia. E a base da nossa vida, que é voltada para a concretização da felicidade, é nossa inigualável prática diária da recitação do Nam-myoho-renge-kyo.

Estou orando fervorosamente hoje, e continuarei orando — para que sejam felizes, sem exceção, e adornem a vida com vitórias esplêndidas.


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