sexta-feira, 1 de outubro de 2021

são as crianças que determinam o próprio futuro

 

soka gakkai

Os olhos das crianças estão sempre fixos no futuro, porque o amanhã é cheio de possibilidades. Pais e professores não devem limitar o desenvolvimento desse potencial das crianças. O presidente Josei Toda [segundo presidente da Soka Gakkai] costumava dizer que é perfeitamente natural os jovens sonharem alto. Porém, ele não dispensava os conselhos com base em experiências de vida. Espero sinceramente que respeitem ao máximo seus filhos.

No fim, são as crianças que determinam o próprio futuro. É importante, no entanto, que os pais conversem com elas sobre os caminhos que poderão tomar. Os pais certamente têm seu próprio modo de pensar, mas os filhos também têm o deles. Por essa razão, não devem menosprezar as crianças, impondo-lhes as próprias ideias. Para assegurar que as crianças sejam conduzidas na direção correta, é preciso manter abertos os canais do diálogo. Isso é fundamental para elas vencerem na vida.

Que tipo de sonhos proporcionamos às nossas crianças? Possibilitamos a elas visualizarem um grande futuro? Depende dessas questões a concretização de um futuro brilhante. O poeta John Milton afirmou que, assim como o amanhecer mostra como será o dia, a infância revela que tipo de ser humano a pessoa será quando crescer. De fato, a infância representa o “amanhecer da vida”. Que tipo de sementes vamos plantar e que tipo de luz lançaremos sobre elas? Conforme esses elementos, a vida poderá variar significativamente. É importante semearmos coragem no coração das crianças e cultivarmos essa semente com a luz do sol da esperança.

O mundo das crianças é repleto de estímulos. Assim, é difícil dizer o que as motiva a crescer. Por outro lado, muitos são os elementos que podem arrastá-las à corrupção e ao mal. Precisamos ajudá-las a seguir o caminho correto, do desenvolvimento e do bem, sendo bons amigos. A chave se encontra em lhes oferecer oportunidades e em motivá-las a crescer plenamente.

Os pais precisam reconhecer o caráter dos filhos desde tenra idade. Se forem capazes disso, não se surpreenderão quando as crianças passarem pela “fase de rebeldia”. Mesmo que os problemas não sejam aparentes, os pais conseguirão detectar facilmente algo anormal, observando pequenos sinais no comportamento e no tom da voz dos filhos.

Se as crianças têm de obedecer a tudo o que os pais pedem que façam, crescerão como robôs e serão malsucedidas na sociedade. O desejo de muitos pais é moldar as crianças à imagem por eles idealizada. Na realidade objetiva, as coisas não acontecem exatamente como desejam. Não devem olhar para elas de uma perspectiva subjetiva. Ao contrário, precisam manter a objetividade. Por mais afeto que os pais acreditam que os filhos precisam receber, o mais importante é como as crianças realmente se sentem. A satisfação dos pais não corresponde à satisfação dos filhos. Se os pais não enxergarem as divergências entre eles e as crianças, cedo ou tarde pensarão arrependidos: “Não era assim que eu imaginava que seria!”.

As crianças nem sempre obedecem aos pais, os quais devem reconhecer esse fato e ampliar a compreensão. Toda sensei costumava dizer aos pais: “Os senhores precisam elevar a condição de vida. Se a todo momento brigam com os filhos, isso significa que a condição de vida dos senhores está baixa”. Há razões para as crianças resmungarem, desobedecerem e terem acessos de raiva. Por não conseguirem articular seus sentimentos, procuram um escape para extravasar suas emoções. Precisamos tentar compreender o coração e a mente delas, perguntando a nós mesmos: “O que elas desejam? O que estão tentando nos dizer?”.



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