sexta-feira, 8 de outubro de 2021

“Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta"

 

soka gakkai

No livro A Família Criativa, o presidente Ikeda nos lembra: “A família é como um grupo de células que se desenvolve por meio dos esforços de cada um de seus integrantes. Ela é a unidade básica que determina a direção da sociedade. O amor é como o sangue que circula por todo o corpo, mantendo todos os membros juntos”.


A forma como uma família se estrutura tem variado muito com o correr do relógio histórico e social. E, ao mesmo tempo em que determina uma direção, a família reflete o momento social e histórico em que está inserida.


Além da “família nuclear”, com duas pessoas adultas e seus filhos, podemos observar atualmente a existência da denominada “família ampliada”, com pais, filhos, avós, tios e sobrinhos e, também, de outras formas de estrutura familiar, como a “família alternativa” e a “família comunitária”.


Nesse ambiente completamente mutável e dinâmico, onde tudo o que era sólido e seguro parece ter- se tornado líquido – como pontuou o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, surge a necessidade de um novo homem, de um novo pai e de um novo marido.


As conquistas e o posicionamento contemporâneo da mulher na sociedade contribuem também para que as mudanças e a exigência de uma nova concepção masculina no seio familiar e social se tornem necessárias.


Este novo homem urge quebrar paradigmas, pois ele agora não apenas deve dar suporte emocional e econômico à família, mas também se envolver na criação, na educação dos filhos e participar ativamente dos deveres do lar. Ele já não é o membro principal da família, mas aquele que compartilha e harmoniza tudo: trabalho, educação e afazeres domésticos.


A construção desta nova família, independentemente da estrutura que venha a assumir, deve ser capaz de gerar um novo modelo social no qual as pessoas consigam manifestar seu verdadeiro potencial. E isso só será possível com o aberto e sincero diálogo entre seus componentes.


O presidente Ikeda nos orienta: “Diálogo: o primeiro passo para uma ‘família aberta’” (A Família Criativa, p. 35). É importante irmos ao encontro dos nossos familiares com o coração aberto para promover diálogos calorosos, pois somente por meio de nossa ação poderemos construir uma família harmoniosa.


Prezar o diálogo familiar é um passo fundamental nessa construção, pois a responsabilidade é de todos os membros da família. Karl Jung, psiquiatra suíço, disse: “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta”. Procurar a solução fora, ou querer comparar sua família com a dos outros, é ilusão; e despertar para a realidade da sua própria vida e família é iluminação.


Criar a harmonia familiar com o diálogo incessante refletirá, também, em nossa conduta na sociedade. Devemos aplicar a prática da fé em todos os aspectos da nossa vida, pois a instituição família ainda é um importante celeiro de “criação de valores humanos” para o novo século.


Vamos criar uma família aberta e criativa pautada no sincero diálogo e numa vigorosa prática da fé.


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