quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Máximo Potencial Humano

 

soka gakkai

As crianças — pequenos adultos


É uma equação simples: daqui a 20, 30 e 50 anos, quem estará liderando o mundo serão as crianças de hoje. É fundamental para elas que o lar seja um local saudável de educação construída por meio do diálogo.


O presidente Ikeda orienta: “Jamais menosprezem uma criança. Tratem as crianças como pequenos adultos, como bons amigos. Respeitem a personalidade da criança, e ao conversar com ela, se dirigir como a um verdadeiro amigo” (A Família Criativa, p. 56).


Essa é uma proposta ousada e exige mudar completamente a forma de lidar com os pequenos — de uma relação de superioridade adulta para o respeito absoluto e a confiança. Na criança não floresceu totalmente ainda a capacidade de se comunicar, mas já possui tudo o que é necessário para viver. É um adulto que apenas não avançou na idade.


Quando os mais velhos tratam as crianças dessa forma e se esforçam sinceramente para dialogar com elas com respeito, tudo começa a mudar. Ao descobrir quanto cada pessoa é preciosa, “fará evidenciar o potencial ilimitado inerente na garotinha, que pode estar tendo dificuldades com matemática, ou no garotinho a quem consideram um desordeiro” (Ibidem, p. 57). Numa família criativa, impera o diálogo e cada um se esforça para despertar o melhor em todos.


Educar é se devotar ao desenvolvimento de cada pessoa


A educação não pode sufocar os jovens nem se restringir a transmitir conhecimento. Educar é trazer à tona o potencial máximo de cada ser humano.


“Acredito que a maior parte da tarefa de ‘cultivar o humanismo’ deveria ser executada em casa, local em que ocorre o desenvolvimento mais significativo do indivíduo”, afirma o presidente Ikeda ao discorrer sobre a influência do lar na educação.


Quando o lar é saudável, as crianças crescem criativas, sábias e livres. Quando as relações familiares são embasadas no diálogo sincero, os jovens são nutridos com confiança, valores humanos e capacidade de tomar boas decisões. Ao contrário, a superproteção e a desarmonia familiar produzem muitas vezes indivíduos “com mente estreita, frios e covardes” (Ibidem, p. 59).


O lar é o local da verdadeira educação humana que deve começar pela coragem dos adultos em romper as tendências egoístas e tornar-se o sol do encorajamento, da gentileza e da luta contínua em busca da felicidade. Num lar criativo, dialogar é fonte de prazer.


Jamais perder a identidade


Família criativa é aquela na qual cada pessoa é cuidada e sua indivualidade, respeitada. O presidente Ikeda condena o abandono da identidade pessoal em nome da convivência familiar.


Em algumas famílias, por exemplo, a esposa descuida de si mesma, tentando forçosamente construir uma família harmoniosa à custa da própria individualidade.


O Mestre expõe que certas pessoas fazem observações cínicas que definem as mulheres como “empregadas permanentes, com direito a três refeições diárias e permissão para tirar um cochilo durante o dia” (A Família Criativa, p. 32).


Ele clama: “Jamais percam sua identidade”.


Cada pessoa precisa ter seus sonhos, desenvolver uma vida com identidade bem-definida estando disposta a batalhar pelo que gosta e deseja. Isso naturalmente vai desencadear uma batalha e uma tensão espiritual. A vitória nessa batalha enriquece o caráter: “Essa condição é o que origina a atratividade em um ser humano. O senso de propósito é o que possibilita às mulheres conservar o seu magnetismo” (Ibidem, p. 32).


Uma pessoa sem brilho, sem magnetismo, causa estragos. A aparente submissão cobra alto preço com o passar do tempo.


Em vez de resignação, é preciso emoção, luta e compaixão. Busque o autoaprimoramento em paralelo com o amor intenso pela família: essas duas ações não são contraditórias, precisam caminhar juntas — são, na verdade, a fonte da criatividade e do cultivo de uma lar saudável e no qual todos sentem vontade de sempre retornar.


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