A natureza é como um espelho. Ela permanece imóvel. Eu, no entanto, posso me mover para outros lugares. Ela parece inalterável, ao passo que eu me transformo a cada instante. O espelho da natureza reflete meu mundo interior, a essência da humanidade e a grandiosa e completa amplitude da própria vida.
Uma estudante escreveu: “Sinto-me feliz quando o dia está lindo. Creio que seja porque a beleza do sol, do vento, da grama e das árvores é completamente natural, à sua própria maneira, isenta de qualquer falsidade ou superficialidade”. Acredito que ela esteja dialogando, à sua própria maneira, com o céu azul e com o sol.
Somente quando nós estamos unidos à natureza e envolvidos com ela é que realmente podemos afirmar que estamos vivos e com energia. Para estarmos vivos, necessitamos da luz do sol, do brilho da lua e das estrelas, da beleza do verde e da pureza das águas.
Um ambiente poluído e sujo não é natural. Quando as pessoas vivem nesse tipo de ambiente, seu coração também se torna poluído. Essa é a unicidade da vida e do ambiente.
As pessoas não existem separadas da natureza e o ato de destruí-la nada mais é que um sinal da arrogância e da ignorância da humanidade.
Sempre apreciei as obras do escritor japonês Doppo Kunikida,2 as quais são repletas de magníficas descrições da natureza. Ainda me lembro delas. Em uma passagem, ele escreveu: “Aquele céu completamente azul despontando sobre o topo das árvores e os raios de sol entrecortados pelas folhas que bailavam ao ritmo da brisa eram indescritivelmente belos”.3
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