Há muito em comum entre o pensamento de [Tsunesaburo] Makiguchi e o de [John] Dewey.1 Eles compartilhavam, por exemplo, uma inabalável convicção na necessidade de novos métodos para a educação voltada às pessoas. Como afirmou Dewey: “Tudo o que é distintamente humano é aprendido”.2
Dewey e Makiguchi foram contemporâneos. Em cantos opostos da Terra, em meio aos problemas e às desordens da sociedade recém-industrializada em que cada um vivia, ambos assumiram a tarefa de estabelecer um caminho para um futuro repleto de esperança.
Makiguchi, inspirado pelas ideias de Dewey, defendia a crença de que o propósito da educação deveria ser a felicidade dos estudantes por toda a vida. Ele acreditava também que a verdadeira felicidade encontrava-se na criação de valor. Falando de maneira simples, a criação de valor é a capacidade de encontrar propósitos, de aprimorar a própria existência e de contribuir para o bem-estar das outras pessoas sob quaisquer circunstâncias. Makiguchi revelou a teoria de criação de valor a partir de sua percepção das funções internas da vida que obteve de seu estudo do budismo.
Ambos, Dewey e Makiguchi, visualizavam além dos limites das fronteiras entre nações, contemplando novos horizontes da comunidade humana. Pode-se dizer que os dois vislumbravam uma cidadania global, com pessoas capazes de criar valor em escala global.
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