quarta-feira, 29 de setembro de 2021

o sabor da vida

 

soka gakkai

Afirma-se que aqueles que superaram uma grave doença sentem com mais intensidade o sabor da vida. No Budismo de Nichiren Daishonin, a doença é considerada um estímulo para se alcançar o objetivo supremo: o estado de buda. O infortúnio de ser acometido por uma grave doença pode se tornar o trampolim para uma condição de felicidade absoluta que perdure por toda a eternidade.

Uma famosa passagem dos escritos de Nichiren Daishonin diz: “Como o Sutra Vimalakirti e o Sutra do Nirvana ensinam que as pessoas enfermas sem falta atingirão o estado de buda, não seria a doença de seu marido um desígnio do Buda? A doença faz surgir em nós a determinação de entrar no caminho” (CEND, v. II, p. 202).

Com essas palavras, Daishonin incentiva calorosamente uma seguidora cujo marido estava padecendo com uma doença. Essa orientação transmite a sabedoria e a compaixão ilimitadas que fluíam profusamente dele.

É verdade que uma doença angustiante pode nos motivar a recitar daimoku com mais seriedade e em maior abundância que de costume. Exatamente nessas épocas de sofrimento é que precisamos fazer a chama da nossa fé arder com mais intensidade que nunca. O que conta é se convertemos essa doença num ponto de partida para um curso de felicidade ainda maior ou no declínio rumo ao precipício.

O poder da recitação do Nam-myoho-renge-kyo não apenas produz forte energia vital para nos ajudar a superar a doença, como também transforma o carma nas profundezas do nosso ser. Eleva nosso “eu” interior ao mundo do estado de buda e nos permite obter imensurável boa sorte, que propicia um estado indestrutível de felicidade absoluta.

Podemos, então, galgar além da condição neutra de recuperar a saúde e transformar de forma brilhante a condição negativa da doença numa condição ampla e positiva, direcionando nossa vida para a felicidade. O que nos possibilita extrair esse poder é a fé indômita — a fé capaz de transformar até a adversidade num trampolim para um estrondoso crescimento.

Obviamente, a fé não pode curar de maneira imediata todos os tipos de doença. Cada pessoa possui seu próprio carma, e a força da fé de cada uma também difere. Além disso, a luta contra a doença pode abranger vários significados profundos que a sabedoria comum não consegue sondar. Contanto que tenhamos fé, não há dúvida de que seremos capazes de reverter nossa situação na direção da saúde, felicidade e do estado de buda. Da perspectiva de que a vida perdura pelas “três existências” — passado, presente e futuro —, podemos mudar nossa vida para a melhor direção possível, rumo à felicidade.

É importante continuar orando fervorosamente e manter nosso ardente compromisso com o kosen-rufu pulsando intensamente em nosso coração enquanto vivermos. Essa determinação na fé sólida e primorosamente fortalecida compõe a força primordial para ultrapassarmos de maneira serena os sofrimentos de nascimento e morte.



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