segunda-feira, 27 de setembro de 2021

movimentações de uma nova era

 

soka gakkai

Enquanto presencio as movimentações de uma nova era, lembro-me das palavras do Dr. Aurelio Peccei (1908–1984), cofundador do Clube de Roma, que escreveu em 1981: “Mesmo as razões da justiça e da democracia exigem que as vozes da juventude sejam ouvidas”.

O Clube de Roma é conhecido por ter alertado há mais de meio século sobre a natureza finita da Terra e de seus recursos, e assim deu origem ao conceito de sustentabilidade. Ao desempenhar papel central nesses esforços, o Dr. Peccei enfatizou a importância de dar às gerações mais jovens mais oportunidades para agir e exercitar sua imaginação e liderança. Encontrei-me com o Dr. Peccei em cinco ocasiões, a partir de 1975. Sua ênfase nesse ponto permanece viva até hoje. Ouvir as vozes dos jovens não é opção nem “a melhor” opção. É o único caminho lógico à frente, passo que não podemos pular, se estivermos genuinamente preocupados com o futuro do planeta. Essa era sua convicção inabalável.

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No parlamento europeu, em outubro do ano passado, a atual copresidente do Clube de Roma, Sandrine Dixson-Declève, citou, a partir do Plano Emergencial Planetário do Clube de Roma, dez ações urgentes e necessárias para a mudança rumo a uma economia circular, incluindo a transição para a energia com baixa emissão de carbono e a expansão do investimento em fontes de energia renováveis.

Precisamente porque é complexo e requer a abordagem multifacetada, o desafio da mudança climática apresenta ampla gama de oportunidades para os seres humanos expressarem seu ilimitado potencial. A amplitude da diversidade demonstrada na variedade de fóruns na Cúpula da Juventude pelo Clima, teve a participação de representantes da SGI. Eles contribuíram com soluções inovadoras do ponto de vista da conservação ambiental, startups, finanças, tecnologia, artes, esportes, moda, mídias sociais e conteúdo viral em vídeo, entre outros.

Aqui, ressalto a declaração política da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotada nas Nações Unidas imediatamente após a Cúpula da Juventude pelo Clima. Ao destacar o período até 2030 como “década de ação e de execução do desenvolvimento sustentável”, afirma que devemos nos unir em parcerias duradouras com todas as partes interessadas relevantes, incluindo os jovens.

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Líder nos esforços para combater as mudanças climáticas, Greta Thunberg discursou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ocorrida em Madri em dezembro de 2019 (COP 25). Ao salientar a importância da próxima década rumo a 2030, ela afirmou: “De fato, todas as grandes mudanças ao longo da história vieram do povo. Não precisamos esperar. Podemos começar a mudança agora mesmo”.

Nesse sentido, proponho que a Cúpula da Juventude pelo Clima, realizada anualmente, seja um meio de criar nova trajetória para a ONU, e que ela trabalhe em articulação estreita com a sociedade civil para promover grande variedade de atividades com o objetivo de tornar os próximos dez anos uma década na qual os jovens de todos os cantos do mundo liderem o combate às mudanças climáticas.

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O programa Ação Global Soka, iniciado por nossos jovens membros do Japão em 2014, está sendo relançado este ano como Ação Global Soka 2030. Tal programa busca edificar uma base eleitoral popular, coesa e comprometida com a ação e que inclui a iniciativa “Meus 10 Desafios”, na qual os indivíduos são incentivados a encontrar formas de reduzir sua pegada de carbono na vida diária.

O caminho para a resolução do problema das mudanças climáticas e da realização dos ODS não será tranquilo ou fácil. Entretanto, tenho profunda confiança de que, enquanto houver solidariedade entre os jovens, não haverá impasses que não possamos ultrapassar.


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