segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Por que ter um mestre?

 

daisaku ikeda

‘‘Viva de acordo com a sua própria vida!’’ esse foi o brado do Sr Josei Toda, o segundo presidente da Soka Gakkai, aos jovens. O Sr. Toda sobreviveu dois anos na prisão durante a Segunda Guerra Mundial, mas se manteve invicto e sua devoção à paz era inabalável. Na desolação que se seguiu à derrota do Japão, quando todos os valores estabelecidos foram destruídos ou ficaram revirados, ele retornou ao ponto inicial, à condição humana, e pediu-nos que começássemos novamente partindo de nossa própria revolução humana interior. O ensinamento do Sr. Toda foi uma revitalização da doutrina do Buda Shakyamuni de que somos os nossos próprios mestres, como jamais alguém poderia ser, e que, se disciplinarmos bem a nós mesmos, obteremos um mestre difícil de se achar.

O budismo é vivenciado por meio da “unicidade de mestre e discípulo". 

A “unicidade de mestre e discípulo” (shitei funi, em japonês) é um dos princípios fundamentais do budismo. O propósito primordial da prática budista é a felicidade absoluta ou o estado de buda – sabedoria humana em seu estágio mais elevado.

A unicidade de mestre e discípulo existe para estreitar o contato das pessoas com essa elevada sabedoria. O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica: “O budismo é um ensinamento transmitido pela unicidade de mestre e discípulo. A unicidade selada entre o mestre e o discípulo é a essência da prática budista. Se nos esquecermos desse juramento, não atingiremos o estado de buda nem a felicidade absoluta; muito menos seremos capazes de realizar o kosen-rufu. A razão é simples: a Lei é transmitida por meio do laço que une o discípulo a seu mestre. O budismo é a lei da vida, e a lei da vida não pode ser transmitida apenas por palavras ou conceitos” (Terceira Civilização, ed. 476, abr. 2008, p. 48).

No século 13 no Japão, Nichiren Daishonin denominou essa Lei de Nam-

myoho-renge-kyo e dedicou-se incessantemente para estabelecer seu ensinamento que consiste em recitar o daimoku e ensinar às pessoas a praticar. Ao cumprir sua missão de constituir a prática e o método de propagação do budismo, Nichiren Daishonin concluiu uma importante etapa no movimento pelo kosen-rufu delegando a seus discípulos.

Após o falecimento de Nichiren Daishonin, a propagação de seus ideais e seus ensinamentos entrou em declínio. Somente no século 20, no Japão, o professor Tsunesaburo Makiguchi herdou o legado de Daishonin assumindo para si o juramento de realizar a ampla propagação do budismo com a fundação da Soka Gakkai.

Por que ter um mestre?

“Mestre, no Budismo de Nichiren Daishonin, é quem conduz as pessoas à Lei Mística ensinando-lhes que a Lei na qual devem confiar existe na vida de cada um. Os discípulos, por sua vez, buscam o mestre, que incorporam essa Lei em suas ações e vive em unicidade com ela. Além disso, eles se empenham na prática budista tendo o mestre como exemplo. Esse modo de vida permite aos discípulos se tornarem o mestre da própria mente” (BS, ed. 2.114, 14 jan. 2012, p. C5).

Mestre do kosen-rufu

O presidente Ikeda é o mestre do kosen-rufu, pois vem se dedicando ativamente para a construção de uma sociedade pacífica, tendo como premissa a dignidade da vida. Desde a juventude, abriu caminho, mesmo diante de inúmeras intempéries, para a ampla propagação do Budismo de Nichiren Daishonin visando a felicidade de toda a humanidade.

O discípulo, inspirado pela postura e conduta do mestre, põe em prática na vida diária suas orientações e exemplo, se destacando em todos os campos de atuação como ser humano capaz de transmitir felicidade e, assim, cumprir o juramento de propagar a Lei para todas as pessoas.


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