quinta-feira, 26 de agosto de 2021

o coração das crianças

 

soka gakkai

O tempo em que as crianças passam na frente da televisão deve ser cuidadosamente controlado, levando-se em conta a idade delas. É essencial que a mãe interaja com os filhos enquanto eles estão assistindo à TV. Pensar que tudo está bem só porque as crianças estão quietas com os olhos fixos na tela é um erro. A voz da mãe transmite-lhes segurança. Ela deve ficar perto das crianças e dizer-lhes algo frequentemente mesmo nas horas em que estejam entretidas com a TV.


Se você acredita que os filhos estão sendo influenciados negativamente pelos programas de televisão ou games, é importante conversar com eles e estabelecer limites. Use a criatividade para desviar a atenção deles da TV ou dos games, propondo-lhes, por exemplo, fazer um intervalo para o lanche. A televisão pode tanto ter efeitos negativos como positivos. Por essa razão, as mães precisam ter estrutura o suficiente para conversar sobre certos programas de TV com os filhos. Há, de fato, pessoas que decidiram estudar medicina e exercer a profissão por terem assistido a um programa sobre a difícil situação dos refugiados na época em que cursavam o ensino fundamental. A TV não é um mal propriamente dito. São os adultos que perderam o bom senso, seus valores e a ética. O problema está na tendência de a sociedade pôr o lucro acima do bem-estar das crianças, sacrificando o futuro delas. O Japão segue por esse caminho. Nichiren Daishonin declarou no escrito A Conduta Filial e a Não Filial: “As crianças do Japão perderam a vitalidade”. Com essa frase, Daishonin quis dizer que a distorção dos valores afeta a sociedade de maneira negativa e corrompe o coração das crianças.


As crianças de hoje estão sempre muito ocupadas com os estudos e as lições de casa. Normalmente, elas passam o tempo que lhes sobra assistindo à TV ou jogando game. As férias escolares são oportunidades maravilhosas para desfrutarem experiências de vida. (...) É grande a capacidade de observação das crianças — possuem uma curiosidade insaciável. Elas absorvem rapidamente as informações quando expostas a uma variedade de acontecimentos. Tudo o que as crianças precisam para se desenvolver e manifestar o máximo potencial é do incentivo dos pais.


Na escola, os alunos vivem muitas experiências que os ajudam a se fortalecer. É fundamental que as crianças passem o tempo com outras e aprendam a atuar em grupo. Devido às personalidades diferentes, quando as crianças interagem, os conflitos são inevitáveis. No entanto, tais vivências lhes possibilitam se desenvolver como seres humanos. A interação dessas crianças, tão diferentes umas das outras, é um ritual de passagem. Muitas vezes, o que pode parecer negativo aos olhos dos adultos contribui imensamente para o desenvolvimento de uma criança. As crianças podem se comportar mal ou usar uma linguagem censurável; podem até parecer que apresentem problemas como deliquência juvenil. Porém, para muitas delas, isso faz parte do processo de crescimento e, com o tempo, muda, servindo de base para toda a vida.


Sensíveis e vulneráveis: assim são as crianças. Elas podem se sentir angustiadas por questões aparentemente triviais enfrentadas na escola ou no lar. Podem também se sentir esgotadas física e emocionalmente. (...)


A recusa de uma criança em ir para a escola era considerada com rigorosidade. No entanto, hoje, toda criança passa por essa situação em dado momento. Se esse é o caso de seu filho, não há necessidade de se preocupar tanto. Se os pais forem impacientes ou punirem as crianças por não obedecê-los, acabarão por afastá-las ainda mais. O comportamento delas se deve ao fato de estarem sofrendo.


Cada criança tem diferentes razões para não querer ir à escola. Não há uma solução para tudo, mas é fundamental que os pais ouçam atentamente os filhos e tentem compreender o que lhes está causando sofrimento e ansiedade. É especialmente importante criar um ambiente familiar em que a criança se sinta confiante e segura. Mais do que qualquer outra coisa, os filhos necessitam da atenção da mãe. Tratar o coração ferido das crianças, envolvê-las num abraço aconchegante, instilar nelas a vontade de viver de forma corajosa — tudo isso é responsabilidade da mãe. É preciso apenas que as mães considerem cada dificuldade como oportunidade para sintonizarem seu coração com o das crianças, aprofundando a relação de vida e se desenvolvendo juntos como seres humanos.



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